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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

"Da janela"

                    "Da janela"
         
              Em uma tarde chuvosa e inquieta permaneço, como todos os dias, apascentando todo o momento permanecido em minha memória, meu amor se esvaindo em meio a multidão de pessoas irrelevantes.
              Sento-me numa cadeira de madeira velha ao lado da janela, pensamentos diversos e confusos, percebo que não tenho o domínio total da minha cabeça. vejo coisas não reais, também da janela vejo: Casas, ruas, pássaros, gatos e cachorros rondando a barulhenta cidade. Me distraio com formigas na parede
-" Como são rápidas"...- Penso eu deslumbrado com tamanha agilidade das pequenas.
  Escuto o som da folha do livro em cima da banquinha, soprada pelo vento gelado e alento. Me lembrou o som das folhas dos livros religiosos que meu avô lia e ainda lê. Influenciado por muitos autores, meu avô morou no rio de Janeiro onde publicou livros que falavam sobra política, mas ele também é um poeta nato, pois faz poesias com qualquer tema. Ele é uma das pessoas que mais me inspiram, tanto no modo de agir, pensar e viver, quanto no modo de escrever o que sinto. Sem pre foi uma pessoa humilde que fala com todo mundo, independente da classe social ou da cor da pessoa com que se está dialogando ele sempre deixa o outro expressar o que esta sentindo. Deito-me na cama e meu pensamento viaja no tempo, volto para os tempos de criança, olho para o teto imagino o céu mais perfeito com infinitas estrelas, com a lua irradiante.
A paz está restabelecida em mim, tento esquecer de anseios obscuros e não passionais, tento lembrar só o mais perfeito passado vivido, tento esvaziar todos os problemas irrelevantes de minha cabeça. Mas algo continua em mim, alguma mágoa infrutífera que me incomoda profundamente. Seras tu? o meu ex-tenebroso amor  de outrora? Ainda lembro do momento insano e vergonho que encenaste em minha vida.
Fez dele razão pra se perder de todas as minhas passionais intenções e dos meus veraneios aos domingos ao teu lado maria. Creio que, nesse momento, os dois devem estar a se beijar. Mas se me ouvir, eu só quero deixar bem claro que o meu beijo é verdadeiro, que o meu amor por ti será incondicional por toda minha triste vida sem você e antes que meu breve passamento acabe, viva comigo! viva comigo! oh doce Maria. A mais bela flor dos meus anseios, a mais sensual das mulheres, com cabelos longos e dourados, suas mãos são como pétalas de rosa insana e esplendorosa, tão pequena maria, tão amável e adorável estrela do meu céu....
                                                 (j. p. Oliveira) 17/09/2012   14:09