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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Porvir


                                          Porvir
Escolher um caminho, vestir a camisa da independência, deixar para traz o mundo imaginário e viver a vida como ela realmente é, isso me desgasta, mas não significa que estou morto, apenas preciso me adaptar a esta nova maneira de ver a vida.
Lugar? Terei um dia, não precisarei de tudo isso.
Pois não existe sorte, existe força de vontade e não existe amor errado, existe não saber amar, mas como é imensa a dor sobre mim, as vezes penso no que está porvir.
Mais uma vez se esvai meu tão querido amor, desassociando minha vontade de tocar meus lábios em face plena, se esvai distorcendo o “pra sempre” em “passado” de uma vez por todas.
                                                 João Pedro Oliveira (05/01/2012)

Piores anseios


               Piores anseios
                                          Às vezes preciso querer,
                                          Às vezes não sei escolher,
                                          Às vezes queria ceder,
                                          Às vezes queria querer.
                                          Às vezes queria morrer,
                                          Às vezes só quero você,
                                          Às vezes quero guiar,
                                           Às vezes quero estar.
                                          Às vezes quero atenção,
                                          Às vezes não tenho coração,
                                          Às vezes estou mal-amado,
                                          Às vezes estou apaixonado.
                                          Às vezes não me lembro de esquecer
                                          Às vezes esqueço-me de viver,
                                          Quem sabe só quis atenção,
                                          Tanto faz esse meu coração.
                                                                      João Pedro Oliveira  (12/07/12)

Paixão


                Paixão
A paixão é mesmo uma ilusão, como posso ter paixão e não ser iludido?
Como posso te amar e não ser compreendido? Como podes me beijar sem o amor?
Como podes sentir a mesma dor, se o meu coração já está sofrido?
Por que tanto amor contido, sem o pesar da paixão?
Por isso escrevo aqui a dor de ter uma ilusão chamada paixão.
                                  João Pedro Oliveira (04/03/11)

Olhos do destino


              Olhos do destino
Um dia tu irás querer se destinar a alguém mais adaptável ao teu querer. Sim, de fato, o mundo não é perfeito e as pessoas, sim, elas são errantes. Querer mudar, querer estar, viver destinadamente a isso, querer a si próprio o bem, levantar vôo e pairar sobre a imensidão são desejos inalcançáveis, mas quando se é louco nada importa, nada muda, nada volta, mas nunca volta e tudo apenas acaba, se desgasta, envelhece e morre na imensidão  dos teus olhos. E a desolação tomava conta de nós e nos emudecia diante de tudo aquilo diante de todos nós, Vivenciando o som emitido dos pássaros e a rotina mais uma vez complexa e desassociada ao querer de um momento distante.
                                              João Pedro Oliveira 

O esquecido


                        O esquecido
Entre todos os meus devaneios este é o que me recordo com mais clareza. No acender das luzes nós sabemos quem é quem e no decorrer da vida aprendemos a lidar com nossas diferenças, Ainda lembro-me da face turva que no meu caminho apareceu semelhante aos pecados carnais de outrora associados com a desordem e a alienação do ser humano.
Em uma tarde vazia decidi respirar o ar de fora de casa, me encontro com o destino.
-quem é você? (pergunto para o suposto desconhecido)
- Eu sou o destino, levo a vida como um pássaro cantante. Enxergo a alma das pessoas e vejo tudo que se passa, não quero estar mal-informado. E você andarilho quem eis?
-Ah, eu sou o tudo, o nada, eu sou o tédio, a diversão, eu sou a ilusão. Vivo a vida de poeta atormentado, escrevo para desabafar, escrevo para ver se eu me acho, no entanto, continuo perdido em mim.
-Já tivesses um amor andarilho?
- De fato, sem amor ninguém vive. Poente ou não poente, platônico ou não platônico, precisamos de um para viver. Hoje existe uma razão dos meus devaneios, uma linda morena de cabelos pretos e curtos, olhos pretos e penetrantes, é ela que me faz perder a cabeça, é ela que me faz voltar todos os meus pensamentos, é ela que me faz perder o controle.
 -Ela de fato, gosta de você! Estou errado?
- quem dera destino, quem me dera encostar meus lábios em face poente e esplendorosa como aquela. Ela é como se fosse perfeita,mas como ninguém é, eu sei que é só aparência, não a vejo mais, agora só tenho breves passamentos de alegria em mim. Então me despeço do destino e cruzo com a solidão.
- quem é você?
- eu sou a solidão, eu vago sozinha por ai na imensidão, vivo uma vida sem paixão. Agora conte-me  sobre você.
-Eu sou como você, mas já tive paixões turvas e sonhos desistidos hoje eu sou um andarilho, poeta atormentado e iludido.
-nossa, tu me pareceste tão feliz.
- eu sei, todos dizem isso, o fato é que ninguém me entende.
- mas eu te entendo andarilho.
- só tu solidão para entender meus anseios sem sentido.
- sempre a um sentido andarilho, conte-me a razão dos seus anseios?
- ah solidão, se trata de um amor não correspondido, eu também não tenho coragem se quer de convidá-la para o meu mundo, mas se ela estiver me ouvindo saiba que até agora nada mais importante aconteceu na minha vida fora você. Será que eis capaz de bater na minha porta, pra me ver? E me convidaria para sair, para me libertar e por fim me amar?
Dobro a esquina e volto para casa onde é o meu lugar.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           João Pedro Oliveira (25/07/12)                         

O desvendar da estrela repousante


                           "O desvendar da estrela repousante"

Lá está o meu céu, com suas nuvens calmas, com a lua farta do que pelo menos parece ser brilho, nas noites um delírio. E o vento que sopra gelado em meu rosto distanciando em fim o momento tenebroso, o dia em que te vi partir da minha vida. Pensativo, estou feito a estrela repousante Desvendando o passado, questionando o futuro, mas morto no presente, sem você, sem o meu velho amor de outrora, nas tardes vazias em meus braços aqui chora, chora o medo, chora a mentira, chora a estrela que brilhava, mas agora ofuscada na imensidão. A cada dia morro aos poucos, não sabes, eu sei, mas quero colocar aqui o meu amor por ti, em meio ao lixo dos amores que um dia vivi, mas se quiseres voltar tentarei costurar meu coração que um dia esteve a se apaixonar por ti.

                                           11/08/2012
                                              01:33
                                    (João Pedro oliveira )

                                   

ILHA


                              ILHA                
Era tarde de outono, em meu peito havia um desejo era o desejo de se mudar, de sair da rotina. Aquela cidade imensa e barulhenta me atormentava.
Todos os dias eu tinha que ir trabalhar sozinho, mas agora pretendo ir para um lugar distante onde eu escute apenas a voz de uma pessoa, a voz de um amor, do meu amor, um pra mim basta, mas que seja verdadeiro e que me complete.
Coloco na xícara favorita o mais quente chá, apenas para estimular meus pensamentos, pego a velha caneta e o meu desgastado caderno de poemas, me olho no espelho, olho nos meus olhos e vou para sala.
Lá, sento-me e escrevo meus poemas, viajo em meus pensamentos, imagino uma ilha, deito-me no sofá imagino a areia, olho para o lado imagino a mulher mais vistosa, de olhos pretos e cabelo curto. Estávamos a se beijar e o sol estava se pondo, estávamos jogados na areia sem casa, sem coberta, sem fogueira, mas estávamos juntos e era isso que importava, pelo menos naquele curto sonho.
Ao acordar eu só tive a vontade de voltar a dormir e sonhar novamente o mesmo sonho, mas não consegui. Anoiteceu olho para o céu sinto a vontade de levantar vôo, voar para o infinito para nunca mais voltar, fazer uma viagem pela galáxia, sentir o vento em meu rosto, mas o Maximo que consigo é observar as estrelas a milhares de quilômetros. Hora de dormir sento-me na cama espero o tempo passar e assim mais um dia se vai, na minha monótona vida angustiante.
                                    João Pedro oliveira (30/07/2012)

Envelhecer


                                        Envelhecer
                  Quando em minha face debruçar a marca do tempo
                  Ofuscando o meu pensamento,
                  Viva comigo como se fosse à última chance,
                  arranque do meu peito a paixão irrelevante,
                  Não quero viver sozinho alimentando os passarinhos
                  Que estão fora do alcance.
                  Mas se não for verdadeiro o teu amor por mim,
                  Deixe-me só e acabe sem dó o meu amor por ti.
                  O meu amor itinerante e retorcido está cansado de ser escravo,
                  Mas hoje (sexta feira) lembrei do meu passado.
                                        João Pedro oliveira (03/08/2012)  21:23

Desprazer


                                                  Desprazer
     A solidão está nos meus olhos e nos teus eu vejo a dor de não ter solidão. A solidão é como uma folha caída no chão, sem tempo para cair, sem a paixão para sentir, sem a dor e ao mesmo tempo sem o amor. A solidão pode ser passageira, mas sem o amor ela pode durar pra vida inteira, mas tudo passa tudo passará, por que cada história contada é uma lagrima sagrada, um coração ferido, e uma alma cicatrizada.
                                   João  Pedro Oliveira (03/03/2011)

Desatenção


                                Desatenção
Meu amor poente que em minhas mãos passou, que não se recordou por falta de atenção e que por descuido me deixou. Deixou fracassar, deixou de deixar todo esse amor em mim, deixando enfim toda ilusão sem um “sim”. Elidente, quem sabe?  Quem sabe enxerga o que se passa em minha cabeça enfurecida e enlouquecida por não ser amado, mas por ser menosprezado. E mais uma vez esqueço-me de tudo e a desatenção que chega junto com a melancolia e o tédio desassociado ao meu querer.
                                                                   João Pedro Oliveira (16/07/2012)

De morrer uma lembrança


                                De morrer uma lembrança
A cada dia vão que passa a cada anseio prematuro e elusivo, me recordo com mais clareza e intensidade do que se diz respeito a morrer e a odiar quem já me amou.  Nós dois estamos a entender o que se passa na cabeça um do outro, o que é raro, pois a única coisa que acontecia era um simples e discreto “oi”. Eu vivo num mundo que você criou que no passado pairávamos, mas agora tudo é saudade e cinza tudo está.
A única recordação sua que ficou é o seu cheiro dentro deste livro e o que me resta é ler, nada mais do que isso. Há se tudo voltasse, mas nada é igual, queria poder querer o teu querer.
                                           João pedro oliveira ( 12/04/2011)

Balbuciar



                          Balbuciar
O fato de um dia conseguir me tira o receio de evoluir, sendo errante, mas de alguma forma ainda estas aqui, pelo menos aqui na minha mente. Viver é apenas existir sabendo que vai morrer e se acabar, sabendo que estar errado não é de fato querer errar.  Sim eu já errei não tanto como imaginei que iria errar, mas a vida ensina a crescer e a evoluir com seus pensamentos.
                                              João Pedro oliveira (01/06/11)                                                                                                                                                                                                                              

Andarilho


                                      Andarilho
Caminhando sinto a triste felicidade de estar alegre, meu coração se manifesta como o poente sol das tardes vazias, Me perco nestas alegrias efêmeras que o coração se deslumbra. Desvendando todos os mistérios desta alma errante, Me embebedo com essas ardentes emoções. Escrevo minha alma, decifro os meus sonhos, imagino um passado perfeito, vivo um mundo perfeito ao menos nesse tempo de meia vida, vida essa criada na minha mente. Vivendo na imaginação de permanecer vivendo, fico desequilibrado ao ver ao meu redor tantos caminhos irrelevantes e sem destino vago pelo que eu acho que é certo. Os olhos cegos de tanto não ver, vivem a emoção de tiver de longe e saber que não é uma miragem ofuscada, mas sim um ser real vivente, mas como está longe de mim tua imagem. Estou indo em direção a você e assim permanecerei até o fim. Encontrarei você. Mas não fuja, não fuja.

                                                           João Pedro oliveira (25/07/12)

“A CASA DOS ANSEIOS DE IAN” (4:44)











“A CASA DOS ANSEIOS DE IAN” (4:44)


Em uma cidade isolada sem movimento morava Ian, idoso e de aparência jovem, Ian era um homem iludido e sem muitas perspectivas de vida, experiente no amor, casou-se duas vezes, a primeira mulher dele veio aos 20 anos, com quem ele tivera um filho, mas logo se separou. A segunda mulher veio aos 55 anos, com quem ele teve uma filha que morreu dois anos apos o casamento, com todas as desavenças e problemas de saúde, a segunda mulher chamada Lindsay morreu aos 45 anos de idade. Iludido e magoado, prometeu a si mesmo não se apaixonar por mais ninguém, decidiu mudar para uma cidade no interior da Califórnia, onde ele queria acabar com toda vida de ilusão e passar o resto da vida em Bakersfield. Lá hospedou-se num hotel barato e longe do centro, um lugar sombrio e cheio de casas abandonadas e em ruínas, no hotel não havia luxo e nem algo parecido com isso. As pessoas eram estranhas, usavam cordões de crucifixo invertido, mas não havia outro hotel pra se hospedar na cidade, então acabou ficando neste hotel. Com a aposentadoria dava para quitar todas as despesas. Bakersfield era uma cidade muito bonita pelo dia, mas pela noite tudo mudava, até a forma das pessoas falarem, despreocupado, Ian não percebeu isso.


Três dias se passaram, mas naquela noite do terceiro dia no hotel, quando sem sono levantou, ele passou pelo corredor normalmente, pegou seu copo de água, mas ao passar no corredor notou a janela aberta, do lado de fora avistava uma casa vizinha a uns mil metros do hotel, sem tantas preocupações decidiu caminhar, olhou a hora no seu velho relógio de pulso, trancou a janela e foi caminhar. Passou por muitas casas abandonadas e percebeu que as únicas pessoas que habitavam aquela região da cidade eram as pessoas do hotel, no entanto ouviu um barulho vindo de uma casa onde estava passando não tão velha mas abandonada e de luzes acesas, resolveu bater na porta, notou que ela estava apenas escorada, chamou três vezes, mas ninguém apareceu, então ele resolveu entrar. A casa era bem maior por dentro e com moves empoeirados, a sala era enorme e cheia de fotos de uma menina que ele achou muito parecida com a filha dele, que morreu de bronquite com dois anos de idade, Ouviu um som frenético vindo dos fundos da casa, era um som de uma pessoa gritando, Ian correu rapidamente para os fundos da casa onde estava vindo o som, mas não viu nenhuma pessoa e nem se quer ouviu mais os gritos, pensou que fosse coisa da cabeça dele, resolveu voltar para o hotel e tentar dormir. No café da manhã do dia seguinte, perguntou as pessoas do hotel se conheciam os ex-moradores da casa vizinha, ela falou que eles haviam se mudado para os Estados Unidos. Ian notou uma certa insegurança da mulher ao falar com ele, e mais tarde naquela noite Ian resolveu saber um pouco mais sobre a casa dos anseios dele, No mesmo horário ele estava lá. Ao entrar na casa, inevitavelmente notou que estava sem energia, resolveu usar seu isqueiro velho, entrou no quarto procurou qualquer informação mais precisa sobre as pessoas da casa e qual as desavenças que eles tinham com as pessoas do hotel. Agachado sentiu uma leve mão em sua nuca e as luzes se acenderam, nervoso correu para porta mas estava trancada sem motivos, e novamente o som de uma voz de uma pessoa gritando, como se tivesse incomodada com alguma coisa. E as luzes novamente se apagaram exceto uma luz nos fundos, foi correndo em direção a luz, mas era muito longe, era como se fosse impossível alcançar, quanto mais ele corria mais longe ficava a luz. Então aparece uma criança na frente dele:

- Quem é você?

Perguntou Ian, mas ela só cantava uma musica, musica de ninar.
Ian vai abrindo os olhos e quando eles estão totalmente abertos, Ian enxerga uma enfermeira,

-Onde estou? Pergunta Ian.

-você está em um hospital, você esteve em coma deis do acidente de carro onde teve que amputar as suas duas pernas.

Ian reflete, olha para o seu redor e percebe que tudo sobre a cidade de Bakersfield não passou de um mero pesadelo enquanto esteve em coma, mas ao olhar pro lado vê uma menina (supostamente companheira de quarto), notou que ela era de fato a garota do pesadelo e ela começa a contar a musica de ninar do sonho de Ian. Ian morreu três horas mais tarde por insuficiência cardíaca, aos 56 anos de idade, hás 4:44 da manhã de sexta de 1894.
                                                       João Pedro Oliveira (24/07/2012)                  

Longe



                                  Longe
Outrora devaneei um passado não existente, infrutífero e insistente.         Estava longe tua face de mim e ao cair no chão estranhamente me ergui, ao distanciar meu pensamento, sonzinho, esqueci de voltar ao início do fim. De imediato insisto, desdenhe de todo o amor vertiginoso e impuro. Não se deixe viver na matéria impura e hostil, esqueça o dia em que terá que escapar das garras da monotonia e do tédio. Associe a sua desconfiança com todas as boas intenções de seus anseios inocentes e passionais, esvazie as mágoas de amores efêmeros da sua cabeça, complete com autoconfiança e não esqueça: você não morrerá, pelo menos não hoje, pelo menos não agora. Não se esqueça de deixar um espaço na sua memória para eu vagar em paz. O mundo que estou não é tão bonito, não é tão perfeito comparado com estar com você. Vivo vagando sem destino na imensidão esperando o dia em que vireis tua face junto a minha. Não temas a morte, não se esquive, venha em minha direção, não se envolva com a ilusão de estar vivendo, me acompanhe na imensidão. Esteja aqui, viva o fim, despreze o passado, não viva o presente e esqueça o futuro. Aonde vai com todo meu amor? Volte e acabe com esse ardor de sua face, feche seus olhos que te levarei junto a mim, sem “mas” viva aqui comigo e mais ninguém, esqueça de tudo e de todas. Não se lembras do dia em que me vices morrer? Mas ora como não se lembras? Se fores tu que encimaste todo aquele rancor de ódio em mim, colocando em fim aquela bala em meu peito que estava a apascentar todo o momento tenebroso.