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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Horizonte

                                                               
                                             
Velejo solitário, sentado avisto no alto mar
Um sonho distante e o horizonte a destacar
Um sol carente e amargo se pondo em beira-mar
Para deixar de brilhar como a vela que se apaga depois de se assoprar.

Olho pro lado um copo vazio e o vento levando o frio aonde fores passar,
querendo um dia por fim voltar a se amar, acertar o teu caminho como a jangada vai no mar.
Perdendo o meu medo vou sozinho velejar, perdido nas lembranças que trago em alto mar,
passado distante vivido por mim em um lugar ofuscado pelo tempo que você deixou ofuscar.

Vertigem demasiadamente límpida como aurora das manhãs, as relvas dos campos e o vermelho das maçãs.
Sonho desprovido do amor que juraste ser incondicional, sem que uma gota de lagrima fosse derramada na intenção passional.
Percebo como as coisas passam com o vento, é como se eu estivesse parado no tempo,
Apenas lembrando do que não vivi, apenas sonhando o medo do fim.

A terra que avisto será um novo começo do final perdido, mas o medo me afasta do que parece o paraíso.
Mas não sou tão criança pra entender tudo isso, e o frio me lembra de que preciso de um abrigo.
corro para terra, cansado sento no chão da praia fria, e o sol do outro lado que mais tarde se escondia                tão igual ao meu amor que mais tarde morria  e eu sentia no final do dia a lágrima fria que no meu peito caia.