ILHA
Era tarde de outono, em meu peito havia um desejo era o
desejo de se mudar, de sair da rotina. Aquela cidade imensa e barulhenta me atormentava.
Todos os dias eu tinha que ir trabalhar sozinho, mas agora
pretendo ir para um lugar distante onde eu escute apenas a voz de uma pessoa, a
voz de um amor, do meu amor, um pra mim basta, mas que seja verdadeiro e que me
complete.
Coloco na xícara favorita o mais quente chá, apenas para
estimular meus pensamentos, pego a velha caneta e o meu desgastado caderno de
poemas, me olho no espelho, olho nos meus olhos e vou para sala.
Lá, sento-me e escrevo meus poemas, viajo em meus
pensamentos, imagino uma ilha, deito-me no sofá imagino a areia, olho para o
lado imagino a mulher mais vistosa, de olhos pretos e cabelo curto. Estávamos a
se beijar e o sol estava se pondo, estávamos jogados na areia sem casa, sem
coberta, sem fogueira, mas estávamos juntos e era isso que importava, pelo
menos naquele curto sonho.
Ao acordar eu só tive a vontade de voltar a dormir e sonhar
novamente o mesmo sonho, mas não consegui. Anoiteceu olho para o céu sinto a
vontade de levantar vôo, voar para o infinito para nunca mais voltar, fazer uma
viagem pela galáxia, sentir o vento em meu rosto, mas o Maximo que consigo é
observar as estrelas a milhares de quilômetros. Hora de dormir sento-me na cama
espero o tempo passar e assim mais um dia se vai, na minha monótona vida
angustiante.
João Pedro
oliveira (30/07/2012)
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