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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

ILHA


                              ILHA                
Era tarde de outono, em meu peito havia um desejo era o desejo de se mudar, de sair da rotina. Aquela cidade imensa e barulhenta me atormentava.
Todos os dias eu tinha que ir trabalhar sozinho, mas agora pretendo ir para um lugar distante onde eu escute apenas a voz de uma pessoa, a voz de um amor, do meu amor, um pra mim basta, mas que seja verdadeiro e que me complete.
Coloco na xícara favorita o mais quente chá, apenas para estimular meus pensamentos, pego a velha caneta e o meu desgastado caderno de poemas, me olho no espelho, olho nos meus olhos e vou para sala.
Lá, sento-me e escrevo meus poemas, viajo em meus pensamentos, imagino uma ilha, deito-me no sofá imagino a areia, olho para o lado imagino a mulher mais vistosa, de olhos pretos e cabelo curto. Estávamos a se beijar e o sol estava se pondo, estávamos jogados na areia sem casa, sem coberta, sem fogueira, mas estávamos juntos e era isso que importava, pelo menos naquele curto sonho.
Ao acordar eu só tive a vontade de voltar a dormir e sonhar novamente o mesmo sonho, mas não consegui. Anoiteceu olho para o céu sinto a vontade de levantar vôo, voar para o infinito para nunca mais voltar, fazer uma viagem pela galáxia, sentir o vento em meu rosto, mas o Maximo que consigo é observar as estrelas a milhares de quilômetros. Hora de dormir sento-me na cama espero o tempo passar e assim mais um dia se vai, na minha monótona vida angustiante.
                                    João Pedro oliveira (30/07/2012)

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